sábado, 28 de março de 2015

Histórias de um Mundo Alternativo

Introdução:
Essa história se passa numa realidade alternativa aonde o Tratado de Não Proliferação Nuclear não foi assinado em 1968. Com a não assinatura desse tratado, a tecnologia nuclear avança nos setores energéticos, mas seus efeitos são muito mais visíveis na Corrida Espacial.
Com isso temos a histórica missão americana na Lua em 1969 e missão soviética a Lua em 1972 e a descida de um homem a Marte pelos Estados Unidos em 1980. Os gastos na corrida espacial exauriram recursos das duas potencias e especialmente na União Soviética aonde os gastos colocaram a sua economia em colapso.
Frente ao colapso a União Soviética faz reformas econômicas e ao estilo do recente modelo chinês de Zonas Econômicas Especiais e de reestruturação interna. Mesmo com uma abertura econômica, as decisões ainda eram feitas pelo partido comunista e com uma tênue recuperação econômica, Checoslováquia e Alemanha Oriental se livram do julgo soviético e entram na recém-criada Comunidade Europeia.
Com brutalidade, eventos similares na Polônia, Ucrânia e Lituânia foram reprimidos e novas reformas foram feitas para impedir a independência desses países. Em oito de dezembro de 1995, seis anos após a queda do muro de Berlim e da Revolução Checa, a bandeira da União das Repúblicas Socialistas Soviética era retirada do Kremlin em Moscou e a nova bandeira da Liga Eurasiana surgia.
A partir de uma fortíssima crise econômica, os Estados Unidos abandonam grande parte da ajuda que enviava para a Europa e vista disso autoridades europeias decidem criar uma representante oficial para o continente, onde o líder escolhido pelo voto seria o representante do continente em contendas e eventos diplomáticos de interesses do bloco.
Enquanto na América do Norte a crise econômica surtia efeitos em todo o mundo, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela criam em 2001 um bloco político e econômico aos moldes do bloco europeu para melhor gerirem questões regionais. Esse bloco sul-americano acabou ganhando simpatia de todos os países da região no que levou ao fim das fronteiras e na criação de uma agencia de aviação espacial em comum.
Na Ásia, Japão, China, Índia e com apoio da Austrália e Nova Zelândia criam uma agencia para regularizar entre si e promover o treinamento de pessoal qualificado em engenharia nuclear e aeroespacial. O Consórcio do Oriente como foi chamado, reuniu muitos técnicos e entusiastas da área espacial.
No continente africano se vê a criação de dois grandes blocos econômicos, um liderado pelo Egito que prevê a cooperação interna entre países africanos de maioria mulçumana e que acabou também se expandindo para o Oriente Médio. O outro bloco era liderado pela Angola e África do Sul que uniam países do centro e sul do continente.
A partir de 2016 foi visto o retorno da exploração espacial pelos Estados Unidos e pela Liga Eurasiana, como também foi a entrada de outros atores no cenário espacial. Em 2019 a Comunidade Sul-Americana lançava para o espaço os primeiros equipamentos da futura estação espacial do grupo e o Consórcio do Oriente lançava os seus primeiros homens e mulheres para a Lua no mesmo ano.
Em 2030 Estados Unidos, União Europeia e o Consórcio do Oriente já tinham suas próprias estações espaciais e bases na Lua. A Comunidade Sul-Americana estava finalizando a construção de sua base lunar que ficaria pronto no máximo em dois anos.
Com os imensos gastos na corrida espacial e armamentista, levantes populares eram comuns em todo o planeta. O povo pedia mais recursos para a educação, saúde e para salvar o planeta. Os gastos foram vistos pela população como alternativas de salvar a raça humana em outro planeta e não na Terra.
O radicalismo tanto religioso como ideológico cresciam dia após dia. Os dois blocos africanos que havia sinalizado para criar uma agencia espacial em comum mudaram de ideia vistos o descontentamento com os gastos. Em 2036 os dois blocos africanos entraram em guerra, a justificava era pela água do subsolo que existia na fronteira dos blocos.
Na Europa novos abalos perseguiam o continente. A Polônia que oficialmente fazia parte da Liga Eurasiana travava novamente uma guerra de independência. Mesmo com um estatuto especial dentro da liga, à Polônia sempre fora uma região historicamente conturbada que buscara a independência inúmeras vezes. Dessa vez as força da Liga Eurasiana tinham dificuldades em deter os rebeldes, pois estes recebiam materiais e grupos expedicionários independentes do lado da União Europeia.
Visto o perigo de material nuclear ser contrabandeado pelas fronteiras até zonas de guerra, os maiores blocos concordaram em criar a Agência Internacional de Controle Nuclear, onde o estoque nuclear global seria contabilizado e catalogado para impedir o roubo e contrabando de material. Mas isso era tarde demais.

O mundo estava preparado para um conflito global que nos próximos anos deveria chegar, mas antes disso um grupo que era desconhecido da grande mídia, chamava a atenção por realizar assalto em estoques de material nuclear e sabotar usinas nucleares. A Organização Internacional pela Nova Ordem Mundial havia chegado

(-> Capítulo 1: Dez Minutos -Parte Um)

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